Atrações

Abrolhos tem uma excelente área para mergulho autônomo e livre. A temperatura média no inverno é 24°C e no verão é 28°C. As águas claras do Parque tornam o local um dos principais pontos de mergulho do Brasil já que suas formações de corais abrigam grande diversidade de fauna marinha além de naufrágios do século passado. Nas ilhas, a principal atração são as aves que constroem ninhos nas formações rochosas.

De julho até outubro, as águas quentes e calmas de Abrolhos recebem as baleias jubarte, que migram da Antártida.

Aproveite para conferir as opções de passeios e agendar aquele que mais combina com você.

Pontos de Mergulho

Mato Verde
Portinho Sul
  • Local: Ilha Santa Bárbara.
  • Profundidade: 8 metros.
  • Substrato: recife de coral em franja.
  • Vida marinha: corais formadores de recife como os do gênero Mussismilia, sendo os três o  harttiM. hispidae o endêmico do sul da Bahia, o coral cérebro M. brasiliensis. Vários peixes recifais carnívoros, como o dentão, garoupa e barracuda. Herbívoros como o papagaio real, cirurgião, budião azul, budião da espécie Scarus zelindae, que vive em harém e sua fêmea muda de sexo para completar o cardume na ausência do macho.
Costão do Farol
  • Local: Ilha Santa Bárbara.
  • Profundidade: 12 metros.
  • Substrato: costão rochoso.
  • Vida marinha: gorgônias orelha de elefante (octocoral na lista de ameaçados), anêmona gigante, cardumes de sargo e dentão, lagostas, cação lixa e mero. Além de restos de construção do farol e casas da vila marinha.
Língua da Siriba
  • Local: Ilha Siriba.
  • Profundidade: 10 metros.
  • Substrato: recife de coral em franja.
  • Vida marinha: corais formadores de recife em várias fendas horizontais com abrigo para várias espécies de crustáceos, moluscos e grande fauna de peixes com atenção para os badejos, cardumes de xiras, dentão, budião azul, frades e alguns peixes vermelhos da família dos lutinjanideos.
Caverninhas
da Siriba
  • Local: Ilha Siriba.
  • Profundidade: 12 metros.
  • Substrato: costão rochoso com formação de pequenas grutas e passagens com até 10 metros de comprimento.
  • Vida marinha: várias espécies de algas, cardumes de peixes de passagem, bentônicos carnívoros e herbívoros.
Chapeirinhos
da Sueste
  • Local: proximidades da Ilha Sueste.
  • Profundidade: 15 metros.
  • Substrato: recife de coral com formação de chapeirão com crescimento médio anual de 01 mm. Vários bancos de algas calcárias em rodolito com taxa de cobertura em torno de 60% do fundo.
  • Vida marinha: ambiente de lagostas, badejos grandes que circulam bem próximo dos mergulhadores visitantes, junto também de cardumes de dentão, cação lixa, raia manteiga e sargo de beiço. Outros pequenos que se espalham nas várias esponjas tubulares, anêmonas e corais de fogo e Mussismilia hartti, que abrigam pequenos filhotes de xiras e limpadores.
Portinho Norte
  • Local: Ilha Santa Bárbara.
  • Profundidade: 8 metros.
  • Substrato: recife de coral em franja.
  • Vida marinha: corais formadores de recife como os do gênero Mussismilia, sendo que predominantemente coberto pelas colônias do coral endêmico do sul da Bahia o M. brasiliensis, vários peixes recifais carnívoros como o dentão, garoupa, barracuda. Herbívoros como o papagaio real, cirurgião, budião azul. Ornamentais como o Gramma brasiliensis, ciliares, frades e vários limpadores, além de invertebrados como a estrela sexto “gorgonocéfalo”.
Caldeiros
  • Local: Ilha Santa Bárbara.
  • Profundidade: 6 metros.
  • Substrato: costão rochoso.
  • Vida marinha: gorgônia orelha de elefante (octocoral na lista de ameaçados), anêmona gigante, cardume de sargo, budião azul e xiras, além dos peixes de passagem que circulam próximo às tocas onde se encontram lagosta, polvo e lula.
Chapeirão
Jean Pierre
  • Local: Parcel dos Abrolhos.
  • Profundidade: 24 metros.
  • Substrato: recife em forma de chapeirão.
  • Vida marinha: formação de chapeirão endêmica do sul da Bahia com crescimento médio anual de 1 mm, com várias passagens e túneis que ligam outros chapeirões do entorno; corais formadores de recife como os  harttiM. híspidaMilepora alcicomese o endêmico do sul da Bahia o coral cérebro M. brasiliensis, vários peixes recifais carnívoros e herbívoros.
Chapeirão Atobá
  • Local: Parcel dos Abrolhos.
  • Profundidade: 25 metros.
  • Substrato: recife em forma de chapeirão.
  • Vida marinha: formação de chapeirão endêmica do sul da Bahia com crescimento médio anual de 1 mm, com várias passagens que ligam as outras torres de chapeirões; corais formadores de recife como os  hartti, M. híspida, Milepora alcicornese o endêmico do sul da Bahia o coral cérebro M. brasiliensis, vários peixes recifais carnívoros, herbívoros e vários limpadores encontrados junto às anêmonas.
Chapeirão
Faca Cega
  • Local: Parcel dos Abrolhos.
  • Profundidade: 29 metros.
  • Substrato: recife em forma de chapeirão.
  • Vida marinha: formação de chapeirão endêmica do sul da Bahia, onde são encontradas várias passagens e túneis que ligam o grande maciço do chapeirão; corais formadores de recife como os  hartti, M. híspida, M. alcicornes, Montastrea cavernosa, Agarícia fragilise o endêmico do sul da Bahia o coral cérebro M. brasiliensis, vários peixes como budiões e cardumes de dentão.
Chapeirão Atlântida
  • Local: Parcel dos Abrolhos.
  • Profundidade: 30 metros.
  • Substrato: recife em forma de chapeirão
  • Vida marinha: formação de chapeirão endêmica do sul da Bahia, onde são encontradas várias passagens e túneis que ligam a um grande salão, com altura e largura que dão condições para uns 15 mergulhadores estarem juntos ao mesmo tempo, contemplando essa catedral que vem sendo construída por seres marinhos a pelo menos 20 mil anos. Nesse local, além de várias espécies de corais e outros organismos com esqueleto calcário, algumas vezes são encontrados grandes peixes como tubarões, raias e badejos.

Naufrágios

Santa
Catharina
  • Data do Naufrágio: 16/08/1914
  • Localização: Abrolhos – Bahia – Brasil
  • Latitude: 18°.02′ S
  • Longitude: 38°. 43′ W
  • Profundidade: 14 m (mínima) 25 m (máxima)
  • Condições atuais: semi-inteiro
  • Motivo do Naufrágio: Afundado pelo cruzador Glasgow
  • Nacionalidade: alemã
  • Armador: Hamburg Sudamerica Line
  • Comprimento: 106,7 metros – boca: 14, 4 metros
  • Deslocamento: 4.257 toneladas
  • Tipo de embarcação: cargueiro
  • Material do casco: ferro
  • Propulsão: vapor
  • Carga: tambores de querosene, cimento e implementos agrícolas
Rosalinda
  • Data do Naufrágio: 28/10/1955
  • Localização: Abrolhos – Bahia – Brasil
  • Latitude: 17° 57.32′ S
  • Longitude: 038° 38.42′ W
  • Profundidade: 20 m (máxima)
  • Condições atuais: inteiro
  • Motivo do Naufrágio: choque
  • Nacionalidade: italiana
  • Armador: Hamburg Sudamerica Line
  • Comprimento: 102,2 metros – boca: 13,3 metros
  • Deslocamento: 5.000 toneladas
  • Tipo de embarcação: cargueiro
  • Material do casco: aço
  • Propulsão: hélice
  • Carga: cimento e cerveja
Guadiana
  • Data do Naufrágio: 20/06/1885
  • Localização: Abrolhos – Bahia – Brasil
  • Latitude: 17° 53.102′ S
  • Longitude: 038°39.616′ W
  • Profundidade: 9 m (mínima) 27 m (máxima)
  • Condições atuais: semi-inteiro
  • Motivo do Naufrágio: choque
  • Armador: Royal Main Steam Packet CO.
  • Comprimento: 110 metros – boca: 12 metros
  • Deslocamento: 2.504 toneladas
  • Tipo de embarcação: paquete
  • Material do casco: ferro
  • Propulsão: mista (vela/vapor)
  • Carga: 1.800 toneladas de café
Fauna e Flora
Corais de
Abrolhos
Os recifes de coral estão entre os mais ricos ecossistemas existentes no mundo. A região de Abrolhos possui a principal formação de corais do Atlântico Sul.

Entre suas principais atrações estão os chapeirões, colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem abruptamente do fundo do mar e se abrem em arcos perto da superfície como imensos cogumelos submarinos.

As águas, sempre mornas e de coloração azul turquesa, escondem verdadeiros santuários onde habita uma infinidade de seres marinhos. A principal espécie formadora dos chapeirões é o coral-cérebro, que só é encontrado no litoral baiano.

Abrolhos abriga outras 15 espécies de corais formadores de recifes. Nos recifes mais próximos da costa, os chapeirões ficam tão perto uns dos outros unindo-se e formando verdadeiras plataformas.

Baleias
A baleia jubarte (Megaptera Novaeangliae) é uma espécie que habita todos os oceanos. São animais migratórios que se deslocam anualmente das áreas de alimentação em altas latitudes, para as áreas de reprodução nos trópicos e sub-trópicos. Costumam se reproduzir no Brasil (Bahia) e passar o verão nas proximidades da Antártida, se alimentando de krill – um minúsculo tipo de crustáceo parecido com um camarão pequeno.

Uma jubarte adulta chega a medir 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas. Um dos meios de reconhecê-la é pelas nadadeiras peitorais brancas e muito grandes em relação ao tamanho do corpo – podem chegar a até um terço do comprimento total do animal.

A gestação de uma jubarte dura aproximadamente um ano e o filhote, que já nasce com cerca de 3 metros de comprimento, podendo pesar até três toneladas, mama cerca de 200 litros de leite por dia durante o primeiro ano de vida.

A caça a baleia no Brasil é proibida desde 1987, após mais de uma década de campanha e de militância das organizações em defesa das baleias contra os interesses de empresários e políticos ligados à indústria baleeira.

Segundo a IUCN e o Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do Brasil (IBAMA – 97/2001), a baleia jubarte está classificada como vulnerável e incluída na lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (Portaria IBAMA 1522 de 10/12/1989). De uma população original estimada em 250 mil em todos os oceanos restam aproximadamente 35 mil indivíduos.

Aves
A maioria das aves presentes da área do parque vem para nidificar, mas outras como as migratórias procuram abrigo e/ou alimento. Entre as espécies observadas fazendo seus ninhos nas ilhas destacam-se: Sula dactylatra (atobá mascarado ou branco), Sula leucogaster (atobá marrom), Fregata magnificens (tesourão), Sterna fuscata (trinta réis das rocas), Anous stolidus (benedito ou viuvinha) e Phaeton aethereus (grazina ou rabo de palha).

Os Atobás brancos (Sula Dactylatra) são as aves predominantes no arquipélago de Abrolhos. Para pescar os peixes de que se alimentam, os atobás podem mergulhar até 8 metros no mar. Eles desenvolveram esta capacidade devido a uma glândula que possuem abaixo das penas da cauda. Ao passar o bico em uma glândula produtora de gordura, e esfregá-lo pelo corpo ele impermeabiliza suas penas. Após concluir o trabalho de impermeabilização, ele mergulha, pega seu alimento e já sai da água seco, pronto pra começar a voar novamente.

Os Atobás também costumam ficar com o bico aberto para a entrada de ar. De acordo com pesquisadores, este movimento acontece para que ele se aqueça após os mergulhos.

A coloração de algumas partes das ilhas alterna-se entre o negro das rochas e o branco do guano (excremento) dos beneditos (Anous stolidus). De março a novembro, a ilha Guarita se torna o principal local de reprodução dessa ave.

Tartarugas
As tartarugas marinhas procuram Abrolhos para reproduzirem-se e alimentar-se. Durante o verão (entre novembro e fevereiro) as espécies Carettta caretta (tartaruga cabeçuda) e Chelonia midas (tartaruga verde) põem seus ovos nas praias arenosas das ilhas de Abrolhos, e a espécies Eretmochelys imbricata (tartaruga de pente) é vista alimentando-se dos invertebrados que habitam os recifes.
Peixes
Existem relatos da descrição de noventa e cinco espécies de peixes que habitam a região de Abrolhos. O modelo ecológico da área dos recifes em franja das ilhas do arquipélago mostra que aí, a biomassa de peixes é bem mais alta em relação a biomassa total quando comparada com outras áreas recifais, o que sugere um efeito do programa de manejo do parque, que proíbe pesca na área. Entre as espécies identificadas 39% são herbívoras (Scaridae, Acanthuridae, Kyphosidae), 54% são onívoras (Haemulidae, Balistidae, Pomacanthidae, Lutjanidae, Pomacentridae), e 7% são carnívoras (Serranidae, Carangidae, Sphyraenidae).